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Uma coisa velha, uma coisa nova. Uma coisa triste e surpresa azul. Casamentos devem ser um tempo para celebrar o amor, um tempo de dançar enquanto bebidas passam pelas mãos.
Uma peça brasileira que evidencia que basta apenas uma pessoa para criar conflito em uma família rumo ao casamento.
A peça de Marisela Treviño Orta, “A Noiva do Rio”, estreou no Dow Arena Theatre, em 22 de março, apresentado por LAPC Theatre e dirigido por Esdras Toussaint. Essa foi a primeira peça do semestre da primavera.
“A Noiva do Rio” narra uma história sobre problemas reais de família, e apresenta também um elemento sobrenatural, que vem das profundezas do rio Amazonas.
A peça não é um conto de fadas com um final típico. “A Noiva do Rio” leva as pessoas a vislumbrarem situações familiares desconfortáveis, como um triângulo amoroso envolvendo uma família unida.
O palco está montado no rio Amazonas, cheio de golfinhos, aspecto tão importante quanto os personagens. Os homens de uma família pequena, Duarte (Angelo Rosales) e Sr. Costa (Jacob B. Gonzalez), que são pescadores, pegam um estranho bem-vestido de dentro do rio Amazonas. Ao mesmo tempo, a futura noiva Belmira (Emelysse Paez) e Helena (Rocio Ibarra) conversam como irmãs.
Tem dois monólogos que se destacam. Gonzalez como Sr. Costa fez um monólogo sobre os sonhos dele no rio e o relacionamento rápido com a esposa. O relacionamento Costa é “#goals.”
Moises (Trevor Bowens) aparece no barco de pesca como se ele estivesse morto. Ele é levado para a costa como uma sereia. Na primeira cena, Bowens parece pedir ajuda, mas até a terceira cena, espectadores podem ver o lado de Duarte, e perder a confiança nesse estranho.
Sra. Costa (Pahola Godinez) tem os perfeitos “tá tudo bem” momentos com as filhas depois que elas reclamam uma da outra. Godinez é a mãe legal que cada filha quer ter.
O segundo monólogo notável é da Ibarra. Como Helena, Ibarra fala com dor e desgosto por saber que não terá a vida ideal como a mãe.
Luzes azuis e ondulantes, no chão, representavam o rio. Parafusos de iluminação roxos foram projetados no cenário da selva para avisar aos espectadores que alguma coisa, ou alguma pessoa, não estava bem.
As luzes no painel de madeira com fendas e nos espectadores trazem memórias de filmes noir do 1940s. A única diferença era que muitos filmes noir clássicos eram em preto e branco, e as sombras noir que foram projetadas nas cenas eram contrastadas com a rica, tropical e exuberante história colorida.
Não houve grandes mudanças nas cenas, como a peça única do conjunto foi o rio mágico com o clima tempestuoso dele. Havia algumas alterações pequenas na preparação do cenário entre mudanças das cenas. Ao todo, “A Noiva do Rio” é menos sobre mudanças das cenas e mais sobre diálogos, surpresas de caráter e melodrama.
Havia uns momentos de humor cáustico em “A Noiva do Rio”, mas a história produz mais suspiros do que risos.
Paez traz para vida a complicada Belmira com entusiasmo, ferocidade e inocência. Paez não se contém, ainda quando ela, como Belmira, está colocando para baixo a irmã.
Belmira acaba com os sonhos de Helena e espera por uma futura felicidades. Não foi intencional, mas Belmira pisa na flor central que estava no cabelo de Helena nos dois primeiros atos. Helena jogara fora para mostrar desânimo com um antigo relacionamento.
Helena, a irmã quieta e altruísta, depois de um ano na segunda etapa da sua vida, espera uma pessoa nova. Pelo aspecto desarrumado do cabelo (normalmente, ela teria tranças perfeitas), sua alegria se foi com a correnteza do rio.
“A Noiva do Rio” vai deixar os espectadores refletindo como a vida em família pode ser cheia de complicações ao mesmo tempo que vivendo no paraíso. “A Noiva do Rio” deve acabar com o refrão “eles viverem felizes para sempre”. Graças ao elemento sobrenatural, a peça acaba de uma forma realista e mais perto das decisões difíceis que as pessoas tornam em amor e sacrifício.
Tradução feita por Raquel G. Frohlich.